"Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você". Sartre

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Baixe o primeiro capítulo de Um Homem sem Chão



Baixe o primeiro capítulo de
 Um Homem sem Chão



   Um Homem sem Chão pretende fazer uma leitura da realidade, sob o ponto de vista da macro-história (grandes acontecimentos), bem como da micro-história (história do cotidiano). O leitor através das páginas, percebe que apesar dos homens tentarem impor uma ordem racional ao mundo, norteando suas ações pela razão, o mundo também não deixa de ser caótico e conflituoso.
   O protagonista da história vive um drama íntimo com o fim de seu casamento e vai se escorar no alcoolismo para tentar suportar a rudeza da existência. No seu dia a dia como repórter, ele se dá conta que o mundo está tomado pelas drogas, e que por causa delas pessoas se tornam irresponsáveis em seus trabalhos, param de estudar, são assassinadas.
   No livro, a personagem central identifica que vive na pós-modernidade, um tempo assinalado pelo colapso do sujeito, onde as pessoas têm as personalidades fragmentadas, ambíguas, daí o aumento das drogas ilícitas e do álcool.
 O livro também foca a questão das dificuldades dos relacionamentos interpessoais. Como afirmava o filósofo alemão Georg Friedrich Hegel, a vida é luta de consciências, aonde as ações dos outros em nossas vidas, podem se constituir em nossos “infernos particulares”. 
  Num dado momento, em que sua vida está bastante desorganizada, o personagem descobre a filosofia cristã. O protagonista não se torna um religioso, mas começa a fazer um estudo sistemático do evangelho, percebendo que o mesmo traz uma filosofia consoladora, que se não resolve todos os problemas de imediato, pelo menos é uma consolação para os problemas da vida e uma esperança para o futuro.
  Um Homem sem Chão força o leitor a refletir sobre a complexidade da realidade. O mundo não nos dá respostas prontas; muitas coisas o saber acadêmico não tem respostas e outras só se aprende vivendo, passando por experiências.
   O autor produz uma literatura crítica, mas também que busca amenizar a realidade social, pois quando se analisa o mundo numa perspectiva materialista, aonde se constatam injustiças, exploração de um homem sobre outro, o processo nascimento-envelhecimento-morte, se tem uma leitura da vida muito negativa. Daí o grande número de suicídios da atualidade.
  Nesse contexto, a filosofia cristã aparece no livro como uma esperança para o leitor. Nunca o pensamento de um homem perpassou tantas épocas da humanidade. O cristianismo através dos tempos se cria e se recria, e podemos observar que ainda hoje – mais de 2000 anos depois – ele é uma presença forte na sociedade através de suas diversas interpretações. Ele tira pessoas do vício, ele reconstrói vidas destruídas pelo sofrimento, ele é a mais perfeita filosofia consoladora, que dá uma resposta aos problemas do mundo.
  Mas o autor também discute algumas coisas sob o enfoque da filosofia ordinária. Não é porque a filosofia ensinada nas universidades e escolas, produzida por homens de carne e osso, que tentaram pensar o mundo concreto, produzida por homens que tinham seus defeitos e contradições, deixa ela de ter importância na compreensão do mundo, das coisas e pessoas. A igreja sempre viu com reservas o pensamento dos filósofos, pois desde a idade média passou a considerar o homem um ser pecador e miserável, mas o autor resgata a concepção renascentista, que dizia que o homem não era um ser pecador e miserável e sim a mais bela criação de Deus sobre a Terra.
    Portanto, Um Homem sem Chão é um livro  que mescla assuntos terrenos e celestes, que enfoca o saber sistematizado pela ciência, mas que também fala sobre a questão do sobrenatural, que discute qual é o papel do homem na Terra e qual seria seu futuro depois da morte. Porém, se o livro abre a possibilidade metafísica, não é um livro doutrinário, pois o autor apresenta para as várias discussões propostas nele, sempre duas perspectivas, aonde o leitor é induzido a raciocinar, refletir, e então, escolher os argumentos que lhe pareçam mais lógicos.


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